terça-feira, 17 de maio de 2011

Assalto

Toda essa nossa história, relembrando um passado que, sempre está vivo na memória, que até hoje permanece intacto e frágil como se nada mais interessasse para nós dois, relatei em uma pequena introdução de um livro que no qual destinei o nome de
Assalto. Eu já cansei de relatar em minhas frases que eu lhe entreguei meu coração, em algum momento que meu reflexo falhou, um lapso de segundo que me distraí ou sob o efeito deste teu veneno que é pura hipnose.
Eu te condeno hoje, pelo simples fato de ter feito de mim uma experiência, que na qual qualquer ciência desconhece. Naquele momento em que abria meu peito e retirava de mim meu coração, agonizante eu lhe dizia, que pouco sacrifício seria você estar roubando meu coração. Que por mais dolorido que foi para mim, para você eu não voltaria meio segundo sequer. Variando entre gritos e sussurros contando com a pequena força de meus pulsos eu ainda tentava fazer entrar na sua mente, que nada mais era tão aparente quanto aquele rancor que carregava em seus olhos. Eu pude ler o que estava escrito no fundo de sua alma. E pude ver o seu espanto, mesmo depois que terminou de embrulhar o meu coração num papel laminado escuro, eu permaneci vivo. Vivo durante dois anos. E não me admirei em uma manhã, quando ouvi o barulho da campainha, e olhei pela janela, vi o vulto de um cabelo ruivo, que entre seus passos apressados nem olhava para trás, percebeu que não tinha razão para continuar escondendo meu coração, no fundo de um closet frio, escuro e sem ar, observou que desta vez seu plano não deu certo e na dúvida de fazer algo incerto resolveu devolve-lo para mim. Viu que nem com esta magia não conseguiria me fazer voltar para você. E hoje olhando esta cicatriz no lado esquerdo de meu peito, depois de tudo ainda fico muito satisfeito, pois deste ‘assalto’ quem saiu perdendo foi você.

sábado, 30 de abril de 2011

Verdade-Mentira, Mentira-Verdade

Todos dizem que a vida é feito um livro. Não quero desmentir essa verdade. Mas desminto aquele ditado que diz ‘o que os olhos não vê coração não sente’, pior que sente. E muito. Sente saudade.
Realmente é feito um livro, mas o livro que conta a minha vida veio com defeito.
Veio faltando à introdução, onde pelo menos eu poderia saber qual seria, ou não, o meu tão sonhado final feliz, e ao contrario de outros, o meu só se resumia em duas páginas pela metade.
Como eu já relatava em alguns dos milhões de bilhetes que hoje estão pelo chão de meu quarto, eu relatava uma história de um imprevisível amor impossível. Não era o ‘impossível’ de ser possível, mas sim impossível de continuar. E na minha cabeça sempre martelava “O que os olhos não vê, o coração não sente”. E foi aí que eu dei conta que ele sente, sofre e muito por isso. Coração não tem olhos, não fala, porém pensa, e é nele que eu deposito todos estes livros da biblioteca de nossa história. Então, a partir do momento em que meus olhos não tenham visto você em minha rotina, ele chora, grita e esmurra. E eu sei disso porque ele ainda debate-se aqui dentro de mim. Mas com você, creio que é diferente você transformou o seu coração em rocha de pedra, com medo desta verdade-mentira ou mentira-verdade que é este ditado. E desde então, você vem rindo de todo este meu sofrimento que é involuntário, rindo e rindo como alguém que tenta disfarçar que a culpa não é dela. Mas sabe que é. Sabe que a culpa é sua. E eu permaneço aqui, quieto tentando consolar alguém que hoje felizmente está sobre os meus cuidados. Digo felizmente, porque este eu te entreguei, mas com o prazo de validade. Sei que uma hora isto vai passar, vai curar, vai acabar. Mas na sua memória, o tempo vai se encarregar de deixar todo o rancor, remorso e solidão.

E você, continua  rindo de que ? Coração de pedra também se quebra, basta sofrer !




domingo, 24 de abril de 2011

Tesouro de tolo.

Eu procuro não tentar me enganar;
Sabendo que neste seu passado torto eu vou estar.
Hoje, choro muito além de lágrimas, o sangue que antes aquecia o meu coração, escorre pelos meus olhos e assim fazendo que eu não consiga mais respirar.
Só tento te fazer lembrar, que neste mesmo dia, eu lhe fazia perguntas retóricas e você só fazia chorar, dizendo que ao meu lado não poderia mais ficar.
Foi em meu próprio sonho que caí na real.
Este teu veneno que escorre pelos lados secos de seus lábios, é o mesmo que me fez ficar cego e angustiado.
Quais destes dois lados é o teu ?
Onde estão aquelas palavras que eu lia em seus olhos ?
Cadê os abraços que de tão longe me confortava ?
Onde está meu refugio, onde me esconder quando está escuro ?
Você me possuiu muito além do que imaginei.
Agora escave o lugar demarcado com o 'xis' e encontre o que antes eu te dei, sem sessar.  

No final desta bifurcação está enterrado o meu coração, como tesouro de um tolo que não soube enxergar.

         

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ideias erradas.

Antes de tudo isto acontecer, eu te disse que o meu 'amor' por você era capaz de se transformar.
E hoje, você pode perceber esta mudança repentina, através dos meus olhares sobre você.
Eu, vou corroendo sua alma por dentro. Eu apago teu riso em apenas um lapso de segundo.
E antes que você possa reconstituí-lo, eu sobrevivo, saio deste mundo de cinzas onde você me trancou.
Posso te afirmar que nunca houve caminho tão obscuro, quanto este que caminho hoje.
Minhas lágrimas, não são de tristeza, vivo condenado em um tão presente passado, que eu considero como ciano. E hoje eu lhe pergunto, onde está o meu coração que lhe entreguei, em um minuto de distração ?
Onde está as cinzas deste meu órgão, que para você era apenas mais um em sua maldita coleção ?
Como posso absorver, todos os momentos que com você compartilhei ?
Vamos, derreta esta minha estátua de cera, apague este riso de teu rosto mais uma vez e me esqueça;
Não, não quero desculpas, nem ao menos um riso falso, que você constituí com tanta facilidade.
Me dá o últimato desta sua certeza, me diga quantos caminhos depois do meu se abriu a sua frente ?
Em minha vida, não voltará nenhum dos segundos que permaneci calado, enquanto injetava em minhas veias todas estas ideias erradas. Saiba, que este meu ombro torto, onde hoje você cospe não apoiará mais sua cabeça, nos momentos em que a solidão bater. Tomara que aos poucos ela consiga te vencer, fazendo assim, que sinta, como eu hoje me sinto.
Olhe para teus pulsos, olhe para suas mãos, estou vendo que para você também não foi fácil, o que são estas cicatrizes ?
Lembre-se de quando eramos felizes, pois são momentos que jamais voltarão. E de toda esta história mal resolvida ainda existe uma intriga, que caberá ao tempo tentar apagar.
Que neste seu universo perpendicular;
E no meu universo paralelo;
Faz meu amor sobre você;
Ser tanto céu, como inferno.

                        
              
                           Dedicado á Melina, @Fresnences.


  

sábado, 16 de abril de 2011

Este Cordão Prata.

Antes parecia tudo muito normal.
A chuva ainda cantava lá fora.
E eu aqui mais uma vez convido a você para falar-mos de solidão.
Coisa tola. Que com o instinto da insignificância ainda maltrata muitos corações lá fora.
Digo 'lá fora' porque estou trancado, entre as quatro paredes do meu quarto, tentando esquecer o teu semblante.
Hoje muitos ainda choram. Mas eu continuo aqui, escrevendo e escrevendo para que ninguém jamais possa ler. Não entendo este meu costume, escrevo e jogo as cartas fora, os rascunho dos papéis molhados com minhas lágrimas.
Posso tentar sair em plena luz do dia, mas à frente de meu rosto, só enxergo escuridão.
Em frente de minha casa passa um rua, cujo endereço, é sem saída.
Existe uma coisa que me liga à você.
Cabe a mim, encontrar este cordão prata, para mais uma vez, tentar cortá-lo com esta tesoura cega.
Como em um sonho que jamais posso acordar.
Quem é você agora ?

Esta sua beleza, acaba te tornando invisível.

Coisa que só pude perceber, só agora enquanto analiso nosso tão presente passado.

sábado, 9 de abril de 2011

Respingos.

Em suas mãos, sou feito um pano de chão;
Que você usa para limpar, os respingos do meu sangue;
Que deixei derramar, enquanto arrancava meu coração.


domingo, 27 de março de 2011

Texto resposta, 'Pergunta'.

Porque você desapareceu ?.
Esta é a pergunta que tem martelado na minha cabeça últimamente. É como se eu respirasse essa dúvida a todo momento que voltasse a página anterior para tentar entender, o porque de eu estar vivendo este presente tão sóbrio. Abraços e palavras desmerecidas.

Foi tão difícil de se acostumar.

Quando vi que não tinha mais razão para viver escondendo aquilo, que faltava saltar da minha boca e se derramar pelos seus pés, resolvi abrir o jogo. E o que você fez ? Além de me privar de sonhar outra vez ?! Ouvindo aquelas palavras esmurradas em meu rosto, vendo aquele seu desgosto, percebi que não havia dado apenas socos em pontas de facas. Eu estava andando sobre elas. Respirando este teu perfume, que para mim é mais que um gás tóxico. Esta radiação, que há no seu coração, me corroeu aos poucos. Nem leprosos sofreram mais que eu. Te amei mais que a mim. Duas rotinas tomaram conta da minha vida.

1ª Tentar te esquecer.
2ª Tentar lembrar que eu te esqueci.

Foi aí que percebi que todos que tentam se matar, não querem morrer, mas sim, acabar com a dor.
Do meu lado emocional eu não escuto nada. Apesar de meu coração ainda estar pulsando, todo sangue que nas minhas veias fluí, ainda não conseguiu o aquecer. É impossível viver só, te ouvindo.

Você não tem o direito de me dizer, como eu devo ser feliz.